Queimada Romana - o encontro da Queimada com Ryse Son of Rome

   Do encontro espontâneo entre dois amigos, PASMEM, uma, geração anos 70, não muito plugada, antenada, afeita a jogos eletrônicos; o outro, geração anos 90, plugadíssimo, antenado, apaixonado por jogos eletrônicos, surgiu o desejo de brincar, jogar e, acima de tudo, gerar, criar e/ou recriar um jogo que abrangesse o lúdico e a diversão, dinâmico e prazeroso. Desta interação, deste encontro, da permissividade saudável de trocas de informações, respeitadas as experiências de vida e os momentos históricos de ambos os autores/atores do processo criativo, decidiu-se por um JOGO denominado: "Queimada Romana". Trazendo para a prática da queimada (tradicional) elementos e regras do jogo eletrônico "Ryse Son of Rome" e "Total War" (atualíssimos). Acordos, idéias, planos firmados e munidos de papelões, cola, tesouras, facas, arames, tinta spray, papéis coloridos, tiras de tecidos, dentre outros materiais de apoio; foi que a varanda do "jovem" Matheus se transmutou em "território de brincar", ou pode-se dizer, "oficina de brincar". Pois que neste local, os diversos materiais supracitados, transformaram-se em ELMOS e ESCUDOS, que juntamente com bolas de borracha, caixa de som, câmeras e smartphones de última geração fizeram o JOGO acontecer!!!! 

    Em meio ao caos organizado por regras e estratégias adaptadas dos jogos de guerra virtuais, a turma de Educação Física incorporou arqueiros, escudeiros e líderes de exércitos, a defender seus territórios e tesouros, foram tomados por um misto de sentimentos, apatia/dinamismo, ímpeto/indolência, euforia/ponderação, entre início, reinícios, finalizações, desfechos, felizes/infelizes, exaustão e alívio; alguns participantes presentes, outros ...ausentes, do "Círculo Mágico" do JOGO, cada um em uma dimensão, expressão, sensação, emoção peculiar ao SEU momento do movimentar-SE/SE movimentar; transpuseram os limites divisórios entre tradicional/ moderno, antigo/novo, mecânico/eletrônico, inércia/movimento, ...  o que leva a crer que o brincar/JOGAR, ser brincante/JOGADOR, é libertador, lúdico, mágico, prazeroso, desengessa o movimentar-SE, liberta o SER, instiga os sentidos... Enfim, como escreveu Saura (2009): "Participar de uma brincadeira/JOGO é para adultos e crianças, ao contrário da idéia de entretenimento e diversão inconsequente e sem maiores danos, algo profundo, transformador, transgressor e formador da natureza humana." Pois assim caminha a humanidade, cada qual a sua maneira, brincando, JOGANDO, satisfazendo sua pulsão lúdica em momentos "SÉRIOS" de lazer.  

Campo Grande, MS.

UFMS, semestre 2018.2, período de inverno.

Acadêmicos:

Ângela Cristina Werneck

Matheus Bezerra de Souza